Odeio que o blogger não me permita apagar etiquetas

sábado, 26 de setembro de 2015

2 micoses
 Costumava fumar na varanda.
 Substitui-o pelo vício de ouvir música na varanda.
 Se calhar não comecei a fazê-lo pelos vícios.
 Se calhar o vício em si é mesmo o de ir lá fora e olhar para as estrelas.

Um momento em que um unicórnio por momentos até acredita na existência de Deus

sexta-feira, 25 de setembro de 2015

2 micoses
 Ando há dias com uma música em loop na cabeça.
 Vou ouvir a Discover Weekly do Spotify, e eis que, às tantas, lá estava ela.
  Sabes que o universo pode conspirar a teu favor por fazer-te ouvir a música que querias de forma aleatória.
 Tal como sabes que o universo pode conspirar a teu favor por te fazer escorregar quando sobes a Alameda e caíres de cu em cima do teu próprio portátil. E ainda espalhar um estojo de canetas inteiros a rebolar pela Alameda abaixo.

Cinefilia

sexta-feira, 18 de setembro de 2015

1 micoses
O Mundo divide-se entre aqueles que olham para o Liam Neeson e dizem que é o "gajo do Taken" ou e os que dizem que é o "gajo d'A lista de Schindler".

Há tanto para dizer sobre a extracção de sisos

sexta-feira, 11 de setembro de 2015

3 micoses
 Já lá vão 5 dias desde que tirei os malditos dentes e quanto mais dias passo por esta experiência traumática mais penso que devia formar uma associação de apoio aos pacientes deste tipo de cirurgia, uma linha SOS 24h ou escrever um livro inspiracional a contar as minhas vivências. Eu acredito que quem passa por isto sinta a necessidade de partilhar as suas experiências, tais como:
 - A líbido que se desperta ao sentir o aroma de uma boa carne guisada a emanar da cozinha e a melancolia, a revolta, a dor de saber que toda a nossa família a vai comer, menos nós; 
 - O estado em que a nossa cara fica e que ninguém acredita que tenha sido por tirar os sisos. Toda a gente acha que estamos a esconder uma operação plástica de preenchimento das bochechas, um grave acidente que envolveu cair de um cavalo enquanto subia uma escada numa passadeira de corrida ou que simplesmente somos vítima de violência doméstica;
- A forma como esta experiência nos faz enjoar gelados. Tirar assim um dos maiores prazeres da nossa vida não se faz. Há comprimidos para recuperar o desejo sexual, mas não há comprimidos para nos fazer voltar a sentir vontade de papar o mais gourmet dos sorvetes;
- Os medicamentos que não só anestesiam a dor como nos anestesiam o cérebro e nos dão vontade de dormir durante o dia inteiro, o que contrasta com o facto de que não nos podermos deitar;
- As agradáveis noites a tentarmos dormir sentados, com um monte de almofadas atrás e, ainda a tentar equilibrar um saco de ervilhas junto ao queixo. E claro, o resultado que são as manhãs com dores no pescoço, uma grande dor de cabeça, as almofadas todas molhadas do gelo derretido e um cheirinho a ervilhas migadas.
 Acho que já dei argumentos suficientes. 

Ler com a voz das personagens da bicha do demónio

quarta-feira, 9 de setembro de 2015

3 micoses
Ai 'migas, tenho cá uma novidade para vos contar!
Então não é que isto de tirar os sisos tem todo um glamour por trás que eu desconhecia?
Pois é, iniciei-me na primeira dieta da minha vida. Eu que sempre fui uma venenosa que se esquivou à dieta da seiva, aos livros Viva Melhor e até aos sumos Detox acabei rendida a esta dieta dos sisos. Quero contar-vos tuuuuuuudo!
 Então é assim, para começar, lá está, é preciso removerem os ditos. Com isto emagrecem logo umas 50g de uma vez só, eu sei que parece pouco, mas as gramas é que fazem os kilos, 'migas nunca se esqueçam disso. É muito desagradável e quando saem da operação estão com muito pior aspecto do que anteriormente, mas é como uma cirurgia plástica, tudo compensa.
 Ora então, durante os dias seguintes vão ter uma dieta à base de sopa e iogurtes. Não se preocupem se acham que vão ter fome. Literalmente não vão ter capacidade para comer mais nada. Se caírem na tentação de meter um pedacinho de bife na boca vão-se arrepender de imediato, acreditem. Super eficaz.
 E a melhor parte da dieta dos sisos: os gelados são bem-vindos! Já ouviram falar de alguma dieta que incluísse gelados? Já estão a perceber porque é que este é o melhor regime de sempre!
 Eu ainda estou em fase de recuperação, ainda estou naquela fase inchada com uma cara imprópria para o consumo social, mas mal posso esperar por ver os resultados finais! Depois conto tudo, tá? Vá, beijoca!

Infelizmente eu ainda nasci na versão 1.0.

terça-feira, 8 de setembro de 2015

4 micoses
Vocês sabem o que é um filme de terror?
Nunca digam que sim se nunca tiraram os dentes do siso. 
Porque se não sabem o que é ter mil instrumentos enfiados na boca ao mesmo tempo - tenho para mim que a célebre cena do Clockwork Orange é um programa da Baby TV em relação ao que vivi hoje - e ter uma broca a ecoar pelo vosso crânio adentro, vocês NÃO SABEM o que é um filme de terror.
 Começa logo quando o dentista - essa figura mítica do terror quotidiano - nos olha para a radiografia e começa a profetizar que se avizinham maus tempos, mas nós havemos de ser fortes e havemos de superá-los. 
 É tudo mentira. O que ele quer dizer é "tens o caralho dos dentes enterrados junto ao crânio e virados para todas as direcções da rosa dos ventos, vou suar praqui a tirar-te isto e vais ter dores que te vão fazer chamar-me nomes durante uma semana". 
 E depois continua a saga.
 Ficam a escaranfunchar na boca durante meia hora até que finalmente dizem "Pronto já está" - já está... já está o dente cá fora, né? "Agora é só tirar o dente" então e durante este tempo estivemos só a fazer o aquecimento?
 Demora muito para o ser humano evoluir para uma versão da espécie que já não traga estes dentes que não servem para nada?

O meu nível de paixão pelo Frozen:

segunda-feira, 7 de setembro de 2015

1 micoses
 Estar numa Zara, ouvir-se ecoar pelos altifalantes "Elsa chamada à caixa de criança" e eu começo a olhar em volta, a sorrir, a bater palminhas e a gritar com voz de criança para o ar ELLLLLSAAAA!!!!!

Agora compreendam porque é que tenho estado ausente

3 micoses
  A primeira grande desvantagem de estar de férias em Porto Côvo revelou-se logo quando pensei no destino - não há forma de não pensar no nome da terra sem que o Rui Veloso comece automaticamente a cantar na minha mente. Mas pronto, há coisas piores, por isso lá fui.
 Depois de uns quantos fins-de-semana passados em Tróia, essa wanna-be-Las Vegas de Portugal, qual não foi o meu espanto por encontrar mais jet set naquela terreola alentejana. Vamos lá ver, eu nem wi-fi conseguia apanhar em lado nenhum - nem no apartamento onde fiquei, Deus decidiu que estas férias haviam de ser para me abstrair por completo da realidade - por isso achava que me esperava um lugar quase deserto mais habitado pelos alentejanos locais e pelos hippies das caravanas e do surf. Mas não. Logo no primeiro dia de praia uma família ao meu lado faz-se ouvir a chamar os seus bebés (com no máximo 1 ano) de Conceição e Clotilde. Venenosa como eu sou, dei assim uma olhadela para ver se os nomes eram mesmo dos bebés e não de pessoas mais velhas, porque mesmo a falarem em voz-de-bebé, as pessoas dirigiam-se-lhes sempre por "você".
 "Clotildocas quer vestir o fato-de-banho?".
 Eu pensei cá para mim que aquele bebé não devia ter ambições mais elevadas do que comer areia, mas pronto.
 Perguntei a alguém se tinha ideia porque é que havia famílias que tratam os seus bebés por "você" desde tão tenras idades e recebi uma resposta ao nível da pergunta: "Nâo faço ideia, eu trato bebés por exmo. sr.".
 Entretanto percebi que estava a ser preconceituosa e que aqueles pais, dentro do seu nível social elevado, até tinham sido muito generosos com os nomes dos seus bebés. Isto porque, ao longo da tarde, apercebi-me de que andam por aí muitas crianças que nem nomes de pessoas têm. "Conheci" uma Mercedes, uma Kita, uma Soutinha (não percebi se era diminutivo de Souta) e uma Concha. Sim, uma Concha - afinal não é só na telenovela da tvi, há mesmo pessoas reais chamadas Concha.
 Por coincidência não encontrei assim nenhum nome de rapaz que me parecesse excêntrico.
 Por outro lado, também não travei amizades com ninguém. Mas podia ter acontecido. Já me tinha preparado psicologicamente que se calhasse vir a conhecer alguém, para não verem logo que sou pobre e de más famílias, ia dizer que me chamo Urraca e assunto resolvido.

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