O sexo nos filmes é qualquer coisa de fantástico, não é? Acontece assim de repente, no meio da cozinha, numa casa de família onde vivem umas 10 pessoas mas ninguém acorda com a barulheira que se passa para ali, nem vai espreitar, nem interromper, nem nada.
E quando é assim no meio da piscina ou da banheira e qual falta de lubrificação qual quê, é assim à tonta e é tão bom para os dois? E quando até é na cama mas no final é só virar-se cada um para o seu lado, não há cá tirar o preservativo, não há cá cama suja com fluídos e suores, não há cá pessoas a terem de ir ao wc limpar-se, nem uma toalhita nem nada, é tudo naturalmente limpinho e mágico?
E no fim dormem sempre em conchinha. E o homem fica sempre no papel de big spoon - quando todos nós sabemos que na vida real os homens exigem sempre ser a little spoon alegando o empecilho do nosso cabelo lhes fazer comichão na cara (desculpas, desculpas).
O que nos vale é que o sexo na vida real também é bom, pois é?
Sexo cinematográfico
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Maria Amêndoa
sexta-feira, 22 de maio de 2015
à(s) 14:46 1 micoses Etiquetas: epifanias, ler com sentido de humorNos sapatos, como na vida
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Maria Amêndoa
sexta-feira, 15 de maio de 2015
à(s) 14:39 0 micoses Etiquetas: epifanias, ler com sentido de humor, Só porque sim
A procura pelo par perfeito é só uma. E estou a falar de pares amorosos e de pares de sapatos. Em simultâneo.
No amor, como nos sapatos, quando andamos à procura do par ideal, o que nos salta logo à vista são os mais bonitos. Ou mais vistosos, vá. Às vezes acabamos por pensar "se calhar isto é areia demais para o meu camião com um salto tão alto ainda faço é uma entorse" e acabamos por nem experimentar. Optamos antes por tentar a nossa sorte com um par que tenha também o seu charme, mas que seja mais adequado ao nosso estilo pessoal. E esta tarefa não é nada fácil, amigos. Porque depois não há o nosso número, ou só há em camel e nós preferíamos em preto, ou a senhora à nossa frente levou o último par... É uma massada.
Nem sempre o par perfeito fica na primeira loja (discoteca) em que entramos. Por vezes, há que fazer uma autêntica romaria. E quantas vezes não acabamos por descobrir que afinal o par que queríamos era mesmo aquele que estava na primeira sapataria em que entrámos, porque depois de visitarmos 5 ou 6 nunca mais deixámos de pensar nele (apesar de na altura nem termos arriscado a experimentar porque não fomos com o padrão tigresa).
Eventualmente, chega sempre o dia em que acabamos por levar um par para casa. Durante dois ou três dias é a melhor coisa, é a novidade, toda a gente comenta. Mas depois nem sempre a vida continua a ser assim tão feliz, pelas mais diversas razões. Ou é porque afinal não tinha a qualidade que esperávamos nem chegam a durar até ao fim da estação, ou é porque passam de moda e no ano seguinte já não fazem sentido voltar a levar à rua, ou revelam-se tão desconfortáveis que só de pensar na sua existência já se nos dá um aperto nos pés. Ou ainda, last but least, apaixonamo-nos por eles durante bem mais tempo do que a sua duração. Usamo-los durante anos a fio e eles são tão confortáveis que nem nos vamos apercebendo que eles se estão a destruir a pouco e pouco de tanto uso. Ficam rotos, com linhas a saltar, as solas gastas e descoladas, e nós-nem-aí. Já toda a gente comenta porque raio é que somos tão belas e interessantes e ainda andamos com aquele par de sapatos velho e peçonhento. E nós tão ceguinhas de amor que nem nos apercebemos que aquele par já não é nada a nossa cara, já não é nada o nosso estilo, já não é nada daquilo que precisamos. Eventualmente também caímos na real e com muito choro e lágrimas acabamos por deixá-lo num contentor de roupa onde esperamos que possam vir a ter um dono (mais humilde) melhor.
E depois continua a nossa busca. A nossa eteeeeerna busca. Pelo par que é estiloso, intemporal e que dure até ao fim das vidas. E claro, que não nos faça sequer voltar a querer pensar em procurar por um novo.
No amor, como nos sapatos, quando andamos à procura do par ideal, o que nos salta logo à vista são os mais bonitos. Ou mais vistosos, vá. Às vezes acabamos por pensar "se calhar isto é areia demais para o meu camião com um salto tão alto ainda faço é uma entorse" e acabamos por nem experimentar. Optamos antes por tentar a nossa sorte com um par que tenha também o seu charme, mas que seja mais adequado ao nosso estilo pessoal. E esta tarefa não é nada fácil, amigos. Porque depois não há o nosso número, ou só há em camel e nós preferíamos em preto, ou a senhora à nossa frente levou o último par... É uma massada.
Nem sempre o par perfeito fica na primeira loja (discoteca) em que entramos. Por vezes, há que fazer uma autêntica romaria. E quantas vezes não acabamos por descobrir que afinal o par que queríamos era mesmo aquele que estava na primeira sapataria em que entrámos, porque depois de visitarmos 5 ou 6 nunca mais deixámos de pensar nele (apesar de na altura nem termos arriscado a experimentar porque não fomos com o padrão tigresa).
Eventualmente, chega sempre o dia em que acabamos por levar um par para casa. Durante dois ou três dias é a melhor coisa, é a novidade, toda a gente comenta. Mas depois nem sempre a vida continua a ser assim tão feliz, pelas mais diversas razões. Ou é porque afinal não tinha a qualidade que esperávamos nem chegam a durar até ao fim da estação, ou é porque passam de moda e no ano seguinte já não fazem sentido voltar a levar à rua, ou revelam-se tão desconfortáveis que só de pensar na sua existência já se nos dá um aperto nos pés. Ou ainda, last but least, apaixonamo-nos por eles durante bem mais tempo do que a sua duração. Usamo-los durante anos a fio e eles são tão confortáveis que nem nos vamos apercebendo que eles se estão a destruir a pouco e pouco de tanto uso. Ficam rotos, com linhas a saltar, as solas gastas e descoladas, e nós-nem-aí. Já toda a gente comenta porque raio é que somos tão belas e interessantes e ainda andamos com aquele par de sapatos velho e peçonhento. E nós tão ceguinhas de amor que nem nos apercebemos que aquele par já não é nada a nossa cara, já não é nada o nosso estilo, já não é nada daquilo que precisamos. Eventualmente também caímos na real e com muito choro e lágrimas acabamos por deixá-lo num contentor de roupa onde esperamos que possam vir a ter um dono (mais humilde) melhor.
E depois continua a nossa busca. A nossa eteeeeerna busca. Pelo par que é estiloso, intemporal e que dure até ao fim das vidas. E claro, que não nos faça sequer voltar a querer pensar em procurar por um novo.
Deixem-me
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Maria Amêndoa
terça-feira, 14 de abril de 2015
à(s) 15:19 1 micoses Etiquetas: ler com sentido de humor
Eu até gostava de ter uma pilinha.
Não é porque gostava de ser menino, mas porque acho que é uma das partes mais engraçadas da anatomia do corpo humano.
É como um amiguinho sempre presente agarrado a ti: tem sentimentos (fica contente, fica triste, desilude-se, enjoa-se, às vezes até sofre por antecipação), tem gostos e preferências, faz exigências, ajuda a tomar decisões... Por norma acorda sempre mais cedo do que "nós" e está quase sempre pronto a brincar. E ao contrário dos animais de estimação, envelhece e morre connosco. Infelizmente, de vez em quando, também suja a casa toda.
Não é porque gostava de ser menino, mas porque acho que é uma das partes mais engraçadas da anatomia do corpo humano.
É como um amiguinho sempre presente agarrado a ti: tem sentimentos (fica contente, fica triste, desilude-se, enjoa-se, às vezes até sofre por antecipação), tem gostos e preferências, faz exigências, ajuda a tomar decisões... Por norma acorda sempre mais cedo do que "nós" e está quase sempre pronto a brincar. E ao contrário dos animais de estimação, envelhece e morre connosco. Infelizmente, de vez em quando, também suja a casa toda.
Nem é porque o senhor se faleceu, mas porque ultimamente tem sido muito isto
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Maria Amêndoa
sexta-feira, 3 de abril de 2015
à(s) 10:22 1 micoses Etiquetas: curta, Só porque sim
"Não tenho medo da morte, tenho medo do sofrimento. É na vida que se encontram todas as maldades do Mundo. A morte é o descanso".
Manoel de Oliveira
Maria Amêndoa. Só Maria Amêndoa.
Afinal o Rosé também te desilude. E pior, é daqueles que se vingam. Oferece-te o melhor serão da tua vida, e depois vinga-se com a pior noite de sempre. Faz-te sentir mal. Faz-te vomitar. Faz-te vomitar no teu próprio quarto, inesperadamente e sem aviso. Faz-te vomitar em cima de uma extensão ligada à corrente elétrica. Que manda o quadro abaixo. Faz-te teres de te levantar para limpares o teu próprio nojo. Faz-te ires dormir para outro sítio porque a tua cama está com um fedor insuportável a entranhas. Faz-te acordar de hora em hora para ires regurgitar mais um pouco. Até já nem teres nada do estômago e estares só a contorcer-te qual gatinho a tentar soltar uma bola de pêlo.
O Rosé é mau.
Nunca confiem no Rosé.
O Rosé é mau.
Nunca confiem no Rosé.
Maria Amêndoa Rosé
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Maria Amêndoa
sábado, 7 de março de 2015
à(s) 07:20 1 micoses Etiquetas: epifanias, ler com sentido de humor
Os amigos vêm e vão, e mesmo os que persistem, por vezes falham.
Mas o Rosé, meus caros, o Rosé nunca falha. Está sempre lá quando preciso para me fazer sentir melhor. Em poucos minutos muda a má disposição para a vontade de dançar, e durante horas não vai embora.
Faz companhia, aquece o coração. Mas quem é que precisa de mais na vida do que um copo cheio desta amizade?
Hoje, assumo por este meio perante o universo, que quero elevar esta relação em mais um nível. Eu quero casar com ele. Eu quero que o meu último nome seja Rosé. Maria Amêndoa Rosé. Soa tão fancy. E quero casar porque é com ele que eu quero passar o resto das noites. Eu, ele e queijo de Nisa para apimentar a relação. Todas as noites. Era tão feliz.
Mas o Rosé, meus caros, o Rosé nunca falha. Está sempre lá quando preciso para me fazer sentir melhor. Em poucos minutos muda a má disposição para a vontade de dançar, e durante horas não vai embora.
Faz companhia, aquece o coração. Mas quem é que precisa de mais na vida do que um copo cheio desta amizade?
Hoje, assumo por este meio perante o universo, que quero elevar esta relação em mais um nível. Eu quero casar com ele. Eu quero que o meu último nome seja Rosé. Maria Amêndoa Rosé. Soa tão fancy. E quero casar porque é com ele que eu quero passar o resto das noites. Eu, ele e queijo de Nisa para apimentar a relação. Todas as noites. Era tão feliz.
Já que uma pessoa escreve num blogue sempre pode ganhar qualquer coisa com isso
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Maria Amêndoa
sexta-feira, 23 de janeiro de 2015
à(s) 07:49 2 micoses Etiquetas: Só porque sim
"Já são oito horas? Isto foi a Maria a sair de casa ou a Catarina a chegar? Hoje tenho mesmo de começar a estudar cedo. Vou tomar banho, pôr-me no metro, chegar à faculdade e estudo sem interrupções até ao almoço! Vestido azul. Não, vestido azul não. As leggings novas? Estão para lavar... Já estou a demorar muito, esquece, vou de vestido azul. Bolas, não há café! COMO É QUE EU VOU SOBREVIVER SEM CAFÉ? Vá, vamos embora. Opah, esqueci-me do... Ah não, está aqui! Vá, vamos embora agora. O metro vai estar cheio, de certeza. Isto é uma carteira? Não tem dinheiro. Ainda bem que escuso de ficar com dilemas morais já a esta hora da manhã. Não me posso esquecer de passar na esquadra depois. O metro! Espera espera espera... Bolas, foi por pouco! Mas ainda só são nove horas e já me aconteceu tudo?"
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