As coisas que as fashion bloggers realmente deviam responder e nunca respondem

domingo, 6 de dezembro de 2015

3 micoses
Queridas fashion bloggers,

Não é que os vossos posts "As minhas 100 bases preferidas do mês" e "300 batons nude que parecem ser todos iguais mas não são" não sejam úteis. Mas o que as pessoas que vivem no Mundo real gostavam mesmo mesmo mesmo mesmo de saber era o seguinte:

- Quando colocamos maquilhagem e espirramos a seguir, como é que nos assoamos sem tirar metade do primer, da base, do corrector, do iluminador e do pó compacto que vocês nos ensinaram a colocar no tutorial? E caso estejamos constipados e tenhamos de nos assoar várias vezes ao dia? Digam-me que a solução não é ter de pôr tudo outra vez por cada espirro!

- Quando usamos a lista de maquilhagens acima citada e a seguir temos de pôr óculos? Como é que fazemos para metade não ficar agarrada na parte dos óculos que assenta no nariz? Digam-me que a solução não é outra vez a citada no ponto anterior!

- Se usarmos lentes de contacto (que é o meu caso) de que forma é que podemos colocar rímel sem atingir as lentes que ficam com riscas pretas e nos provocam visão turva o resto do dia?

- Quando colocamos unhas de gel compridas e infelizmente somos estudantes de engenharia (ou similar) e temos de usar frequentemente calculadoras, como é que conseguimos clicar nas teclas? E mexer em ecrãs touch?


Aguardo por vídeos, posts, snaps, fotos no instagram, wtv, a responder ao nossos problemas!

Atenciosamente,
                          As pessoas que vivem no Mundo real

Cinemando

domingo, 15 de novembro de 2015

2 micoses

 Recentemente vi o Pretty Woman e o Dirty Dancing.
 Uma pessoa olha para a altura retratada nos filmes e lembra-se que não haviam telemóveis, nem facebook, nem sites de encontros, nem qualquer rede social. Nem internet sequer. Para se conhecerem outras pessoas era preciso sair de casa e mostrar personalidade. Não era só publicar 1 foto em bikini e ver o chacho a aparecer por si só com plimplins no chat.
 As pessoas tinham tempo para tomar banhos de espunha a ouvir música. Faziam férias em campos de Verão temáticos. Escreviam cartas e telefonavam-se.
 Hoje em dia, quando a Baby do Dirty Dancing encontrava a amiga em perigo de vida provavelmente não ia a correr chamar o pai. Primeiro, tirava um snap à situação e depois criava uma página no facebook chamada "Vamos ajudar a Penny".
 Pronto, se calhar estou a ser exagerada. Mas agora vejo aqueles filmes e soam-me a autênticos. Não têm uma história muito elaborada. Mas a vida real também não tem. Pelo menos nessas alturas as pessoas pareciam ser muito mais agarradas à vida, muito mais respeitadoras dos outros. As atitudes tinham-se cara-a-cara e não sob a forma de posts num blogue.
 Deviamos todos ter muita pena de não termos nascido nos anos 80.
 Eu tenho.


Dialogação

sábado, 7 de novembro de 2015

2 micoses
(a passar na 2ª circular)
- Onde é que fica a 1ª circular?
- Acho que não existe.
- Existe uma 2ª circular e não existe uma 1ª circular?
- A 1ª provavelmente foi deitada abaixo.
- Então porque é que não actualizaram o nome desta?
- Também há reparaste que a 2ªa circular não é circular?

E agora algo completamente diferente!

sexta-feira, 30 de outubro de 2015

1 micoses
 Espero que tenham gostado do primeiro post da rubrica "minhocas de ouvido", porque se não tiverem gostado, eu vou continuar a seguir a rubrica na mesma. "O blog é meu e eu escrevo o que eu quiser" é o meu lema de vida.
 Hoje trago-vos algo surpreendente. Quem me conhece sabe que eu sou uma pessoa fria e muito pouco romântica, por isso deve ser muito improvável para vocês que eu tenha a música que segue na cabeça tantas vezes. É uma balada romântica, sim senhor, e daquelas bem poderosas. Ora cá vai: Taras e Manias, do Marco Paulo.

  
 E porque é que eu gosto desta música? Ora bem, como uma vez li no Menino de sua mãe: As histórias de amor parecem ser outra coisa: nunca ninguém falou da tesão de Romeu por Julieta. Mas ninguém duvida que ela tenha existido pois não? "Taras e Manias" é sobre isso mesmo: é sobre a tesão que vem acompanhada de qualquer paixão assolapada. Existem muitas baladas sobre o amor, mas existem poucas sobre cambalhotas (pelo menos, que vinguem nas playlists).  Uma pessoa ouve um disco do Tony Carreira e aquilo é sempre a mesma conversa, mas o Marco Paulo chamava as coisas pelos nomes! 
 Já não me lembro da primeira vez que ouvi esta música, sempre fez parte da minha vida, da mesma maneira que já nem me lembro da quantidade de vezes que ela começou a tocar numa festa da aldeia e eu me pus automaticamente em sentido e gritei com emoção
"E mexe, remexe se encosta, se enrosca
Se abre se mostra pra mim
Me agarra, me morde, me arranha,
Não mude que eu quero você sempre assim"

Retórica sobre deixar de fumar

quinta-feira, 22 de outubro de 2015

2 micoses

1ª semana:  É a semana das questões existenciais. Não passam 5 minutos sem que uma comichão psicológica invada o cérebro: O que é que os não-fumadores fazem quando têm de esperar 10 minutos? E quando estão nervosos? E quando estão deprimidos ou quando querem comemorar alguma coisa? E em que outros sítios é que se podem encontrar aquelas pessoas que já estava habituada a encontrar a fumar também em frente à porta da faculdade? O que é que os não-fumadores usam para acompanhar cerveja? E agora como é que eu vou voltar a beber café?

2ª semana: É a semana do arrependimento. É nesta semana que um recém-não-fumador espera encontrar as reais vantagens de ter largado o vício e até agora nada delas. Aparecem enxaquecas dia sim, dia não; o nervosismo acaba com as unhas que estavam tão bem pintadinhas e as pessoas continuam constantemente a perguntar-te se não queres um cigarro e tu a responder que "não, não quero, eu vim cá fora só fazer companhia, eu agora não fumo".

3ª semana: Afinal não é assim tão difícil subir a Alameda a pé. E subir 3 andares de escadas com sacos de compras. E correr 5km. O fumo dos outros já é desagradável em vez de provocar saudades. A parte mais irritante é quando dizes  a um não-fumador que te juntaste ao seu clube e ele responde com um "o quê, só há 3 semanas?" como se não fumar durante 3 semanas fosse easy-peasy. Mas agora tens energia para lhe dar três tabefes.

4ª semana: A exclusão do vício do tabaco diminui também o consumo de café e de álcool. Reparas que és muito mais produtivo e que as pausas para fumar roubam um tempo ridículo - numa média de 10 minutos por cada cigarro, bastam 6 cigarros para nos consumir 1 hora diária de não-produtividade - e já te chateia estares a trabalhar a fundo e os teus colegas fazerem constantemente pausas para ir lá fora. Nos dias de chuva dá gozo ver os fumadores serem levados pelos tufões. A concentração é maior e dizem-te que andas mais relax. Reparas que ultimamente tens dinheiro para fazer tudo o que te apetece.

5ª semana: Quando olhas para o mealheiro que tens vindo a fazer com o dinheiro poupado em tabaco começas a fazer planos para daqui a um ano comprar um Porsche.


A evolução da Amêndoa

segunda-feira, 19 de outubro de 2015

1 micoses
 Os humanos não têm o pescoço da mesma largura que os ombros devido a anos de evolução a tentarem dormir em conchinha e não terem onde colocar o braço que fica por baixo.

Minhocas de ouvido

sábado, 17 de outubro de 2015

1 micoses
 Ando há semanas a fio a pensar num nome para a nova rubrica que pretendo criar. Andei tanto tempo a pensar nisto e a recolher sugestões que já tinha tido boas ideias e mas esqueci-me delas. Mas pronto. Acabou por sair o nome "minhocas de ouvido", uma tradução livre de "earworm".
 E porquê este nome? É normal as pessoas ficarem com músicas em loop presas na cabeça e eu não sou excepção. Mas eu costumo ter músicas realmente engraçadas na cabeça e acho que é um escândalo elas não estarem a ser partilhadas com ninguém. E portanto vou começar a partilhar aqui, nesta rubrica de nome tão doce. A minha ideia era deixar só um link da música, porque são músicas tão interessantes por si só. Mas um amigo pediu-me para deixar um comentário. Vou tentar fazê-lo, mas não prometo fazer sempre. 

 Hora de estrear então a nossa rubrica, fica aqui a música que me assombrou a mente várias vezes nos últimos tempos: A minha sogra é um boi, dos Mata Ratos.


  Esta é uma das minhas músicas preferidas. Afinal, quem é que não gosta de um bom clássico?
 É uma daquelas músicas (bem acompanhada do respectivo videoclip) que me faz querer que, eu posso ter nascido nos anos 90, mas o meu espírito só pode ter sido criado nos anos 80. É sincera, é rebelde e irreverente. Se uma banda de rock pode protestar contra políticas capitalistas porque não protestar também contra o puritanismo de uma sogra?
  A minha relação com esta obra é também um pouco como um amor proibido. É aquele tipo de música que eu gostava de ter como toque de telemóvel ou de partilhar livremente nas redes sociais numa calma manhã de Sábado... mas depois nunca se sabe quando é que a futura sogra pode estar à espreita e não achar piada. Por isso, vou amando esta música em segredo e cantando dentro da minha cabeça a poesia 
 "Estávamos em casa
 Sem nada pra fazer
 Fomos para a cama
 Começámos a foder
 Estava tudo bem 
 Até certo momento
 Apareceu a minha sogra
 Pior que um jumento"

Já não se escrevem palavras assim hoje em dia.

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