Das PDAs

terça-feira, 31 de dezembro de 2013

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 As pessoas revelam-se bastante obcessivas com as passagens de ano. Eu não compreendo porque é que as pessoas querem começar em festa um novo ano que vai ser exactamente igual a este só que com preços mais caros, impostos mais altos e ordenados mais curtos. A não ser que a vossa avó rica esteja prestes a morrer e a deixar-vos uma bela herança e aí sim, 2014 promete ser "o" ano.
 Mas não pensem que eu sou materialista. É só porque tudo o resto vai continuar a ser igual. Os homens vão continuar a não mandar sms depois de um date se não estiverem interessados, os professores vão continuar a dar negativas se fores para um exame de ressaca e a EMEL vai continuar a multar quem não pagar parquímetro.

 Hoje um amigo meu estranhou duas coisas em mim. A primeira foi eu não ter resoluções de ano novo. Eu respondi que achava que as resoluções se devem fazer ao longo do ano todo e não apenas no dia de estrear o calendário. Ele disse-me que achava que o dia 1 é um bom dia para começar uma nova promessa pois é quando as pessoas todas também o fazem, e eu disse que dispenso actos de carneirada. Toda a gente faz resoluções no dia 1, toda a gente as cumpre em Janeiro e toda a gente desiste em Fevereiro, por isso pra mim essas promessas em massa não fazem qualquer sentido. Um exemplo típico é o runner boom que se observa em Belém: um aumento exponencial do número de de corredores à beira-tejo em Janeiro, número esse que em Fevereiro já se reduziu a metade e que em Março já está reduzido aos habitués.

 A segunda coisa que ele estranhou foi eu ter-me negado aos convites para festas de passagem de ano que tive. Se no ano passado quase que chorei por não ter nenhum, este ano tive e não os aceitei. Chama-se a isto maturidade. Não me apetece ir para o Terreiro do Paço ver o fogo de artifício porque não quero começar o ano novo com uma constipação à espera eterna do Táxi. Não me apetece ir para casa de familiares ter de gramar com a final de um reality show ou com um filme qualquer daqueles que passa todos os anos. E não me apetece estar com um grupo de amigos em que metade deles são ex-namorados com novas namoradas.
 Apetece-me ficar em casa a jantar calmamente um caril e a ver The Rocky Horror Picture Show. Vou entrar em 2014 a vociferar I'm just a sweet travesti from transsexual Transylvannia.

Homens com síndrome da primeira ex-namorada

domingo, 8 de dezembro de 2013

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O homem com esta patologia distingue-se dos demais por possuir uma forte teima pela primeira ex namorada. Este homem pode ser abordado pelas mulheres mais belas do universo, que nem repara que elas estão interessadas em si, pois não consegue tirar da cabeça a primeira mulher que lhe roubou partiu o coração. Nem a Scarlet Johansson consegue curar esta síndroma (a não ser que seja ela a primeira ex namorada em questão).
 A primeira ex namorada raramente é uma pessoa que valha a pena tanta atenção. Por norma foi uma mulher neurótica e pindérica, que lhe stalkava as conversas do chat do facebook e apagava todos os números de telefone com nomes femininos do telemóvel, incluindo o da mãe e o das irmãs (não vá o homem ter fetiches estranhos de incesto, pelo sim pelo não apaga-se tudo sem dó). E por norma, esta mulher nem sequer era assim tão gira quanto isso e com o passar do tempo, menos gira vai ficando.
 "Grande dor de corno, oh Amêndoa, se ela fosse assim tão má porque raio é que o homem passava anos só com olhos para ela?" - porque ele nunca deu a oportunidade a si próprio de ver o que existe para além do universo da ex namorada! Ele só conhece o Mundo com ela. Ele só sabe o que é sexo com ela e para ele o sexo com outras mulheres será exactamente igual. Ele só conhece uma relação com ela e, para ele, uma relação com outra mulher será exactamente igual. Ele pensa que as outras mulheres vão todas fazer um filme de terror se ele se esquecer da data de namoro, tal como ela fez, vão todas gostar de lírios, tal como ela gostava, e vão todas stalkar-lhe as conversas do facebook e apagar-lhe os contactos do telemóvel, tal como ela fez.
 E por isso continua a dar-lhe os bons dias via sms todas as manhãs, dando início a uma conversa virtual que durará o dia todo e nunca chegará a lado nenhum. Provavelmente não terá oportunidade de a ver, mas estará a falar com ela durante as 24horas diárias. E essa mulher sem coração responder-lhe-á sempre, não porque está interessada nele mas sim porque está interessada em alimentar o seu ego insaciável e imperdoável.

Entre sexos

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

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 Uma mulher é cortejada por 15 homens diferentes. Rejeita todos. Interessa-se finalmente por um 16º, que a vai rejeitar. 

 Um homem corteja 15 mulheres diferentes. É rejeitado por todas. Interessa-se finalmente por uma 16ª que o vai aceitar. 

Da praia

sexta-feira, 9 de agosto de 2013

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 Ir à praia é como calçar sabrinas: ficamos imediatamente 5cm mais baixas e 5kg mais gordas.

Eu nem gostava de séries

segunda-feira, 5 de agosto de 2013

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 Mas depois descobri The Big C.

Expliquem-me

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 O que é falhou no ensino da língua portuguesa nos últimos 10 anos para que, actualmente, jovem que é jovem escreva "estives-te", "roubas-te", "comes-te"...?

Curta

sexta-feira, 2 de agosto de 2013

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 Tenho inveja da auto-estima daquelas mulheres que têm coragem de sair de casa com sombras lilás.

Crónica de uma anti-festivaleira

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

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 Estive no último fim-de-semana do festival músicas do Mundo, em Sines.
 Foi bom ter estado três dias a observar a fauna freak no seu habitat natural. Descobri que freak que é freak não perde tempo a montar tendas - o parque de campismo parecia ter sido completamente patrocinado pela Quechua tal era a quantidade daquelas malditas tendas que se montam em 2 segundos e se desmontam em 45 minutos - e quebro aqui já o mito de que os rastas não tomam banho! É M-E-N-T-I-R-A, meus amigos, acreditem em mim que eu estive lá 80 minutos na bicha para os chuveiros e aquela fila não andava nem desandava. Os gajos não só tomam banho como demoram que se fartam - na verdade não sei se eu não estive apenas perante o fenómeno do banho anual do rasta, mas sem provas de contrário, defenderei que eles tomam banho.
 A grande tendência da moda freak deste ano foram os cabelos pintados com cores não disponíveis pela natureza (leia-se cor-de-rosa-pastilha, azul-wanda-stuart, verde-sapo-cocas, etc).
 Mas perdoem-me se pareceu que eu não gosto da companhia desta fauna urbana porque gosto sim, senhor. Gosto de partilhar este festival com eles porque são muito melhor companhia do que as pitas que frequentam os outros festivais mais mainstream com bilhetes ganhos no facebook para ouvir os Depeche Mode tocar "aquela música dos Marilyn Manson"...
 Digamos que no FMM há um rácio muito maior de espectadores civilizados em comparação com o número de espectadores que "só estão ali para filmar o concerto integralmente"
  Em vez dos stands de merchandising de tudo quando é operadora de telecomunicações, de puffs, paredes de escalada, bancas de publicidade de e concursos de karaoke para entrar à borla na zona VIP,  no FMM há bancas clandestinas de "Vendo mortalhas 0,50€". Nem sequer há zona VIP!
 E o melhor de tudo ainda é a música. Os miúdos de hoje em dia acham que "música alternativa" é Bon Iver e Sigur Rós, desconhecendo o conceito de gipsy-jazz, afro-rock, hip-hop eletrónico indiano e tantas outras sonoridades esquizofrénicas que ali vão a palco.
 Portanto se ainda não experimentaram, vão já orientando as vossas vidas para marcarem férias na última semana de Julho de 2014.

Agosto

quarta-feira, 31 de julho de 2013

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 Agosto começou há 53 minutos e já consegui descobrir que toda a gente, mesmo toda a gente, faz anos neste mês.
 Dezembro é um mês frio e solitário, não é, amiguinhos?

Alerta!

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 Foram avistados nas praias da costa (mais precisamente Foz do Arelho) não um, mas dois indivíduos do sexo masculino envergando este modelito:

foto retirada daqui

 A situação ocorreu em plena luz do dia, estando a praia completamente movimentada. Os dois indivíduos chegaram juntos, estenderam toalhas, tomaram um mergulho e pouco tempo depois saíram da praia não deixando vestígios. 
 Os responsáveis por esta situação continuam, portanto, por identificar e andam à solta pelas praias do país.
  Tenham cuidado e avisem quem puderem. 

Os livros de auto-ajuda não ajudam

domingo, 21 de julho de 2013

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 "É absurdo, grandiloquente e curiosamente vão tentar de maneira premeditada e consciente ser feliz;assim, à força, em abstracto, numa bela manhã. Em geral, desejamos coisas mais concretas do que a felicidade: queremos acabar um romance ou um quadro, queremos ser reeleitos para um cargo político, queremos alcançar o Prémio Nobel da Medicina, etc.; e é enquanto estamos nisso, ou imediatamente depois, que a felicidade sobrevém, visita-nos em silêncio sem que tenha sido expressamente convocada."

                                   em O que Sócrates diria a Woody Allen, de Juan Antonio Rivera.

Estudo bento

terça-feira, 18 de junho de 2013

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 Ainda sobre a sala de estudos da paróquia. Até tem excelentes condições de estudo. O pequeno senão são algumas particularidades.
 Como o Cristo na cruz.
 Não há como não sentir espécie com o Cristo na cruz. Se nos sentamos atrás dele, sentimo-nos observados e sabemos perfeitamente que ele sabe que estamos no facebook em vez de estarmos a ler as sebentas. Se nos sentamos à frente dele ele não tira os olhos de cima nós. Mas é que NÃO TIRA mesmo. À medida que vamos avançando pela sala sentimos o peso dos seus olhos postos sobre nós, até que nos sentamos e ele lá continua de olhar fixo. É um horror.
 E depois à medida que os dias vão avançando vamos dando conta de que Deus existe mesmo. Tenho três acontecimentos que são provas incontestáveis da existência da santidade:

 1 - No outro dia, apareceu uma menina na sala de estudo com um outfit digno do Urban K Beach. Mini calções, bota de salto, cowgirl style. Sentou-se numa cadeira, a cadeira cedeu e ela deu um trabolhão no chão à frente de toda a gente. Claramente um sinal de Deus dizendo "vista-se como deve ser, tenha decência, sua badalhoca!"

 2 - Existe um fonte da riqueza naquele local. Fica no terraço, numa das mesas exteriores, a mais escondida de todas. Por três vezes lá fui, por três vezes lá encontrei moedas. Já vou num total de 5centimos e 5 pence amealhados ao todo. Só pode ser Deus a recompensar-nos por estarmos a estudar na sua presença.

3 - A maior prova de todas é esta: fui jantar, na mesa onde nascem moedas. Ganhei 3 cêntimos e voltei para dentro da sala de estudo. Qual não é o meu espanto quando descubro que, na minha ausência, um rapaz lindo de morrer se foi sentar na mesa onde deixei as minhas coisas? Se isto não foi uma dádiva dos céus, não sei o que será.

Diário de Bordo

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 São 12:22m.
 Já nem sei se é um dia de semana, se é fim-de-semana, se é feriado.
 Nesta altura do ano não distingo os dias pelo calendário, mas sim por objectivos de estudo. Hoje é dia de estudar 4 capítulos de Mecânica e Ondas. Amanhã é dia de fazer revisões. No dia seguinte é dia de estudar Cálculo II, e por aí fora.
 As manhãs são para estudar, as tardes são para estudar e os serões para estudar são. As refeições, espreitadelas nos blogs e redes sociais e um ou dois cigarros quando a alma fica mais deprimida constituem as pausas do estudo. Dirigir-me à cama para dormir 7horas por noite (ou 3h caso às 9h tenha  exame. Coisas que não se devem fazer, mas que eu faço porque sou uma jovem estudante e os jovens estudantes só fazem disparates) são só uma pausa mais prolongada dos estudos.
 Os amigos do secundário queixam-se dos exames nacionais. Alguns colegas da faculdade já estão de férias. Eu por aqui vou estando, não muito queixosa, repetindo para mim mesma "pior do que ser estudante do técnico, só mesmo não ser estudante do técnico".
 Tornei-me frequentadora assídua das salas de estudo de uma paróquia. Já conheço as caras dos outros clientes da casa, é como se fossemos amigos de longa data, tantas são as horas a frequentar o mesmo local. Mas nunca trocamos palavras. Não sei os nomes deles e deduzo que eles também não saibam o meu. Daqui a 2 semanas acaba-se tudo e é como se não tivessem existido.

Príncipes Anónimos

sexta-feira, 14 de junho de 2013

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 Há coisas nesta vida que me intrigam.
 Uma delas é como é que há pessoas que usam leggings com padrões.
 Outra é a letra da "Cinderela" do Carlos Paião.
 Aquela parte em que "Ele lá lhe disse a medo o meu nome é Pedro e o teu qual é?".
 O nome do príncipe da Cinderela era Pedro?
 É que eu nunca me lembro do nome de nenhum príncipe das histórias de encantar. Como é que se chamavam os príncipes da Branca de Neve, da Bela Adormecida, da Bela e o Monstro? A Pocahontas arranjou-se com um John Smith e a Jasmin com o Aladino mas nenhum desses tipos vinha da realeza. Não compreendo.
 Nas histórias de encantar os príncipes são todos uns convencidos, é isso? Não querem cá ser tratados pelo nome próprio, isso é coisa do povinho! Chamem-nos pelo título que assim é que se faz.
 Ou então... o príncipe é sempre o mesmo! É um príncipe malandro que roda por várias donzelas! Isso até faz algum sentido porque era mesmo assim que os príncipes agiam na altura. Sendo prometidos a uma princesa qualquer "feia e bexigosa" e depois iam mandar umas por fora com algum mulherio mais atraente.
 Eu nem sei.
 Algum psicanalista na sala que queira opinar sobre isto?

O melhor anticoncepcional

quarta-feira, 12 de junho de 2013

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O melhor anticoncepcional, e também o mais económico, é o espinafre.
Pode ser aplicado no sexo masculino e no sexo feminino.
Basta meia grama, colocada entre os dentes da frente e a eficácia é de 100%.

O que faz um engenheiro? - parte I

segunda-feira, 3 de junho de 2013

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 Adorava ver uma daquelas reportagens televisivas em que um repórter sai à rua de microfone em punho para filmar a resposta de vários transeuntes à mesma pergunta. E a pergunta seria "o que é que faz um engenheiro?".
 Você, ser que lê o meu blog: o que é que acha que faz um engenheiro?
 Tenho a sensação que a resposta da maioria das pessoas é "então um engenheiro faz... humm.... ahhhmmmmm... " (ou então "tipo, um engenheiro, tipo faz tipo cenas" caso a pessoa a responder seja sub 20).
 E não é de espantar que assim seja. Por duas principais razões:
 1 - Não é uma profissão quotidiana. Não precisamos dos serviços dos engenheiros de uma forma directa como precisamos dos serviços de um farmacêutico, de um médico, de um talhante ou de um professor.
 2 - Não é uma profissão "interessante". Ligamos a tv e vemos retratadas, em séries e filmes, vários tipos de profissões, de polícias a advogados, mas nunca engenheiros. Acho que o mais próximo disso acontecer foi a série "The Big Bang Theory", que retrata a vida de 4 nerds, um dos quais é engenheiro aerospacial. E mesmo assim, qualquer pessoa que tenha como única referência esta série ficará com a ideia de que um engenheiro é um mega nerd, que passa o dia a fazer operações matemáticas com símbolos estranhos e nos tempos livres participa num grupo de fãs do Star Wars.
 Por norma, os sites das faculdades informam acerca das saídas profissionais do curso. Mas, devido às 2 situações referidas anteriormente, isso não é uma grande ajuda. Digamos que dizer que as saídas profissionais de engenharia de ambiente são "empresas de prestação de serviços e de consultadoria" não nos ajuda muito a descortinar o que é o dia-a-dia de um engenheiro de ambiente. Ora então o senhor engenheiro acorda de manhã, lava os dentes, veste-se, dirige-se para o seu local de trabalho, que é uma empresa-de-prestação-de-serviços-e-de-consultadoria e... faz o quê? Senta-se numa secretária? Preenche papéis? Tem de se dirigir a algum lado? Usa computador? Faz contas? Pois.
 Consequências desta situação: fraca procura de cursos de engenharia pelos alunos de secundário e baixa percentagem de engenheiros formados. Não podemos esperar que as pessoas escolham tirar um curso que não sabem para que é que serve!
 Não consigo perceber como é que as faculdades de engenharia ainda não tomaram medidas no sentido de divulgar os seus cursos, enorme lacuna esta, nem como é que os próprios media não pegam nisto. Há projectos criados em Portugal (nem vou mais longe) tão mais interessantes do que qualquer Splash, Big Brother VIP, Morangos com Açúcar, etc e que ocupam tão pouco tempo de antena (ou nenhum).
 E é por estas e por outras que quando vejo um discurso político de apelo à produtividade do país, não posso deixar de soltar uma gargalhadinha de ironia.

O senhor das vending machines e a senhora das senhas

quinta-feira, 30 de maio de 2013

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 O senhor da máquina dos cafés e das comidas-de-porcaria lá da faculdade é extremamente simpático e sorridente.
 Faz manutenção das máquinas religiosamente todos os dias e é sempre bom apanhá-lo por lá. Porque nos devolve sempre dinheiro que tenha ficado encravado na máquina, ou troca-nos uma nota por moedas. Ou nem que seja só pelo sorriso que  - caramba! coisa mais rara hoje em dia - dá gosto de receber um sorriso de vez em quando. 
 Uma pessoa até se esquece que o senhor passa os dias a fazer o trabalho mais desinteressante do planeta - quem é que sonha ter como profissão fazer a manutenção de vending machines?
 O inverso deste senhor é claramente a senhora das senhas. Sempre de cara trancada que nem uma gárgula e sempre pronta a complicar-nos a vida. De vez em quando lembra-se de pedir o cartão de estudante - que nunca se sabe quando é que há um terrorista a fazer-se passar por aluno-que-vai-almoçar-à-cantina. E nunca deixa vender mais do que uma senha por pessoa. Se quiseres almoçar duas vezes não podes. Morre à fome, quer lá ela saber. Acredito que todos nós ansiamos pelo dia em que ela se reforme e todos tememos o dia em que ele o faça.
  Não faço ideia do nome do senhor, nem a idade, nem o clube de futebol, nem a sua fé religiosa. Mas sei que se um dia me dessem a notícia do seu falecimento eu ficaria tão triste como se me morresse um familiar.
 E sempre que a senhora das senhas precisa de moedas para o troco, o senhor das vending machines destroca-lho de boa vontade com o mesmo sorriso na cara que tem para toda a gente. Um destes dias apanhei-a a devolver-lhe um meio sorriso. E fiquei contente em saber que às vezes os sorrisos até ganham às carrancas.

Horóscopos

quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013

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Adoro astrologia.
Primeiro porque me faz rir. Rio-me muito mais com o programa da Maya do que com o twitter do Nilton.
Segundo, porque me resolve muitos problemas do dia-a-dia. Problemas chatos. Daqueles do "o que é que hei-de vestir hoje"? Se o horóscopo me diz que a cor do dia é o vermelho, vai de usar vermelho. Não é com o objectivo de que o dia me vá correr bem, nada disso. É mesmo com o objectivo de poupar  fosfolípidos consumíveis do meu cérebro a essas escolhas praticamente inúteis e supérfluas do "que raio hei-de eu vestir?". (As fashion bloggers que me perdoem à blasfémia que acabei de dizer - e certamente que perdoam porque tenho a certeza que nenhuma delas lê o meu blog).
 Outra coisa útil no horóscopo são os conselhos de saúde. Tá na cara que são conselhos random, mas é sempre bom lembrarem-nos que temos de fazer exercício físico e que tá na altura de fazer análises. É útil. É serviço público. Os telejornais é que deviam fazer isto e não fazem.
 Só a parte dos conselhos amorosos é que é inútil mas pronto, até é engraçado. É como as partes de sexo explícito na maioria dos filmes. Não há necessidade nenhuma de mostrarem tanta carne e tanto fornicanço. Mas a malta até gosta de ver pelo guilty pleasure e pelas mamas da protagonista.
 E não pensem que eu não acredito nestas coisas. Acredito, sim senhor. Comecei a acreditar no horóscopo desde que conheci um rapaz que nasceu no mesmo dia que o seu pai e ambos têm um espaço enorme entre os dois dentes superiores da frente. Ora, se nasceram no mesmo dia, então têm o mesmo signo. Claramente que é devido a Marte estar sob a influência de Júpiter (ou outros planetas quaisquer estarem sob a influência de outros planetas quaisquer) que influenciou a dentição deles e fez com que eles nascessem com grandes balizas. Uma espécie de magia.
 Um dia destes também vos explico porque é que acredito em unicórnios.

My name is Jones, Bridget Jones

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

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 Olha, está a chover. Bolas.
 Voltar pra trás para ir ver do guarda-chuva.
 Olha-me isto, tinha deixado a porta da entrada aberta. Há males quem vêm por bem, afinal.
 E o guarda-chuva onde é que andará?
 Ah é verdade, perdi-o.
 Mas ainda há por aí uma daquela sobrinhas merdosas que se viram todas com o vento... Onde anda ela?
 Não tá aqui... Não tá aqui... Não tá aqui...
 OMG JÁ SÃO 12H30?
 Aparece, maldita sombrinha...
 Mas queres ver que eu já a tinha posto dentro da mochila ontem?
 Olha pois está... Boa, Mary...
 Vá, vamos embora.
 Mas agora toca de trancar bem a porta com as voltas todas pra ficar bem fechada.
 Ainda chove mais do que há bocado? Ai mãe...
 Oh, estúpidaaaa, tirei a sombrinha da mochila e deixei-a dentro de casa.
 Voltar pra trás, masé.
 Cinco anos pra abrir a porta que foi trancada com as voltas todas.
 Com isto já são 12h45... Vamos embora.
 Olha boa.
 Entretanto parou de chover.

É.

sábado, 19 de janeiro de 2013

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Ser estudante universitário é difícil.
Ser estudante universitário no IST ainda é pior.
Ser estudante universitário do IST que vive sozinho é uma missão impossível.
Ser estudante universitário do IST que vive sozinho e está em de época de exames é isto:

 -  É acabar a primeira fase da época de exames e dormir durante 14horas pra repôr os sonos perdidos nas noitadas alimentadas a red bull e snickers, enquanto todos os outros se queixam que não dormiram nada por causa do temporal.
- É passar o dia de pijama, não por motivos de preguiça, mas por já não ter roupa para vestir, porque a roupa se foi acumulando durante as semanas e quando finalmente houve tempo para a lavar, há um temporal apocalíptico lá fora e não há forma de a secar.
 - É reparar que as últimas quatro refeições foram ovos.
 - É ter a dispensa quase vazia e os últimos alimentos sobrantes estarem bolorentos e fora do prazo. E, consequentemente, abrir o congelador, encontras uma caixa de douradinhos congelados e fazer uma "happy dance".

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

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Quando eu for presidente da república - coisa que não tarda muito, já sou maior de idade, portanto, é pra breve - vou implementar o desenvolvimento de uma sociedade dupla.
 A ideia é que possa coexistir com a sociedade tal e qual como a conhecemos hoje, uma outra forma de vida baseada num horário pós-laboral.
 Isto porque se vivemos numa sociedade em que a maioria das pessoas tem o tradicional horário das 9h-18h, o mesmo horário que têm grande parte das bibliotecas, museus, lojas, bancos, etc. o que torna quase impossível uma pessoa poder usufruir destes serviços.

 As vantagens da existência desta sociedade alternativa passam por:

 1 - Evita-se o cultivo do chamado "coçar os tomates". Existiriam muito mais alternativas para passar o fim do dia ou o serão. Consequentemente, despertavam-se novos interesses.

 2 - Aumento do número de postos de trabalho. Por questões óbvias.

 3 - Animação do comércio local, que toda a gente sabe que anda na mó de baixo. E não admira, se as lojas fecham às 19h e os centros comerciais ficam abertos até à 00h.

 4 - Benefícios para os estudantes. É no final da tarde e durante a noite que a maioria dos estudantes estuda - tendo em conta que durante o dia estão em aulas. Infelizmente, durante essa altura, tirando espaços inseridos dentro das próprias faculdades, as bibliotecas encontram-se encerradas.

 5 - Diminuía-se a fila da Segurança Social. Ah pois meus amigos, isto de abrir os museus em horário pós-laboral é uma ideia muito bonita mas o que dava mesmo jeito era a Segurança Social e o Centro de Desemprego abertos pelo menos das 20h-00h. E se não for pedir muito, os serviços académicos das faculdades também.

 Esta sub-sociedade  seria constituída maioritariamente por uma população jovem e de meia idade. A oferta de serviços disponível durante o dia não pode ser por isso muito reduzida, pois a nossa  população maioritariamente envelhecida continuará a poder e querer tratar dos seus afazares durante o dia.



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