Das corridas

sexta-feira, 7 de agosto de 2015



 Eu adoro correr, adoro adoro adoro. Mas o facto de viver onde vivo (e ter o pouco tempo que tenho) desmoraliza demais as corridas.
 Primeiro porque, por alguma razão, Lisboa é a cidade das sete colinas. Ainda não encontrei um parque no meio da cidade que não me obrigasse a fazer corridas em inclinações que me fazem querer deitar os pulmões para o chão logo ali. 
 Saudosos são os tempos em que corria à beira-Tejo em Belém, mas agora que vivo mais longe não me compensa perder quase mais tempo no trânsito/transportes do que na corrida que faria no sítio. 
 Por exclusão de partes, lá corro eu então pelas ruas fora. O que também não me parece muito eficiente porque acho que o ar do centro da cidade que inalo com real intenção enquanto corro durante uma meia horita deve ser equivalente a fumar um maço de charutos. Fico a pensar que esta coisa das corridas se calhar não acaba por potencializar nada a minha saúde e pelo contrário, só piora.  Mas como dizia a minha avó, se não se morre do mal, morre-se da cura, portanto mais vale fazer-se o que gostamos e pronto. 
 Correr no centro da cidade ainda tem mais outra particularidade gira: todo o macho latino adora ver uma rapariga nova a correr. Acham piada e têm de mandar umas boquinhas - é um instinto criado pela negligência dos pais na infância ou um abuso sexual na adolescência, eu sei lá - que claro que não são muito agradáveis. Principalmente quando essas pessoas não compreendem que eu estou a fazer um treino (eu bem gostava de acordar de manhã a la Forrest Gump e decidir que vou correr os EUA inteiros sem me cansar, mas infelizmente não consigo. Tenho de fazer treinos que alguém que percebe do assunto estipulou que conjugam determinados números de km, de velocidades, de pausas, de aquecimentos e alongamentos, que feitos regularmente permitem uma evolução suave e estimulante) e portanto quando eu paro para fazer 1 minuto de caminhada de pausa a que tenho direito, mandam a boca do "não páres, vá, continua" - oh pessoas mas vocês não têm mais nada com que se preocupar? Valha-me a nossa Senhora dos fones e dos leitores de mp3, é o que eu vos tenho a dizer.

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1 micoses:

*Nightwish* disse...

Ia mesmo recomendar-te uns phones isoladores de qualquer tipo de som, mas já vi que te prevines, e mulher prevenida vale por duas! Há pessoal que não tem que fazer, nem meias em casa para coser ou uma torneira a pingar para arranjar, e metem-se a olhar para a vida dos outros e mandar bocas. É coisa de ser humano, não ligues... todos os animais têm os seus quês.
Também podes sempre correr com uma máscara de papel por causa dos gases nocivos. Ia parecer muito engraçado =P ******

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